Atari 2600: Um console com uma grande história!!

Lançado em 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil, o Atari 2600 foi um fenômeno de vendas no Brasil na década de 80 e seus jogos marcaram a infância e a juventude de muitos adultos de hoje.

A história do Atari 2600

Em 1975, a Atari comprou a chamada Cyan Engineering para desenvolver um vídeo game de nova geração: o protótipo Stella. Diferente das máquinas anteriores, o núcleo do Stella era um CPU completo, uma versão reduzida (para reduzir custos) do famoso MOS Technology 6502, o 6507. Era combinado com chips de RAM e E/S, o MOS Technology 6532 e um chip de display e som de design próprio conhecido como TIA (Television Interface Adaptor).

O design inicial não utilizaria cartuchos, mas após os engenheiros verem um sistema de cartucho falso em uma outra máquina, imaginaram que seria possível colocar os jogos em cartuchos pelo preço do conector e da embalagem.

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O famoso Pitfall! desenvolvido pela Activision

Na data de lançamento em 1977 e com o projeto tendo seus custos aproximando dos 100 milhões de dólares, finalmente o vídeo game estava pronto para a venda. Seu preço inicial foi de 199 dólares e possuía 9 jogos. No Brasil o lançamento do Atari 2600 foi em setembro de 1983, fabricado pela Polyvox. O primeiro lote produzido, um total de 30 mil unidades, teve o preço entre 180 e 200 mil cruzeiros.

Jogos

A maioria dos jogos usam 2 kB e 4 kB, a capacidade máxima do sistema. Jogos maiores foram criados usando uma técnica de programação para troca de ROM, chamada Bankswitch, geralmente tendo de 8 kB a 16 kB. O primeiro jogo a usar essa técnica foi Asteroid (8 kB) e o cartucho de maior capacidade foi o Megaboy cart (64 kB). Pela limitação da RAM, que tinha somente 128 bytes, alguns cartuchos foram projetados com memória RAM adicional, expandindo-a para 256 bytes de RAM.

Durante a vida do console, a Atari Inc e Atari Corp publicaram uma variedade de jogos que se tornaram mais conhecidos de todos os tempos como, por exemplo, Adventure, Breakout e Yars’ Revenge. O console ficou tão popular que muitos desenvolvedores independentes produziram jogos populares como o Pitfall! da Activision, e o Atlantis da Imagic.

Especificações técnicas

  • 8 bits
  • CPU variante do processador 6502 (Real: 6507)
  • Frequência de operação de 1,19 MHz
  • Memória RAM de 128 bytes
  • Memória ROM de 16 kB
  • Resolução de 160 x 192 (NTSC) / 160  228 (PAL)
  • 128 cores no sistema NTSC e um pouco menos no PAL. humm
  • 2 canais de som com chips independentes.

Bônus: Curiosidade sobre a Activision

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Logo da Activision

No início dos anos 1980, um grupo de programadores insatisfeitos com as suas condições de trabalho na Atari sob a administração Warner, abandonaram a empresa e fundaram uma softhouse chamada Activision.

Isso justifica a superioridade dos jogos da Activision em comparação a outras softhouses e inclusive a própria Atari. A Activision possuía os programadores que praticamente inventaram o 2600 e que conheciam cada detalhe do hardware do console.

Diante desse cenário, a Atari chegou a processar a Activision sob a alegação de roubo de códigos, mas como os jogos da Activision ajudaram significantemente a aumentar as vendas do 2600, a Atari criou regras para a produção e venda de jogos para o seu videogame sob a cobrança de royalities.

Grandes softhouses foram criadas nessa época como, por exemplo, a Imagic, Parker Brothers entre outras, mas também uma grande leva de softhouses precárias apareceram entupindo o 2600 de jogos ruins. Todas as softhouses, com exceção da Atari e da Activision, desapareceram no crash dos videogames de 1983.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atari_2600

Victor Vaz Autor

Fundador do Cafeína Codificada, formado em Sistemas Web pela UNIBH e um apaixonado por música.

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